domingo, 22 de maio de 2011

Dublin-Lisboa

Me perguntava enquanto andava
pela alameda de plátanos,
Se haveria lugar para sonhar

Distante da invasão imaginava os poetas
do grande continente do Norte
com suas estranhas e belas palavras,
E busquei nelas inspiração aos sonhos que tenho.

As flechas que zunem no ar
são arremessos de outros deuses
São deuses que não são eu.
E nem destes que se evocam nos ritos das dez da manhã.

A tortura que me causam é o que fermenta meu pensar
O que derrama em palavras é fruto de atos passados
O grande continente esconde tesouros,
E é deles que me sirvo.

Reforço meus atos que como reflexos cruzam espaços.
Eis aqui minhas palavras quase vazias,
Tentando retratar o passado em meu tempo

Beto Plucênio